Enquanto eu trabalhava, hoje pela manhã, me ligou uma tal de Dona Maria Teresinha, ou 'Só Mariazinha, querida' como ela mesma se intitulou... senhora simpática, voz calma, uma típica blumenauense. O que me surpreendeu, foi o quase imperceptível desespero em sua voz. Parecia que ela estava tentando esconder um sofrimento a muito esquecido, ou como percebi depois, todo dia revivido. Após quase 5 minutos de conversa, vi que eu não estava realmente enganada. Trabalho em uma imobiliária, e já recebi diversas ligações de pessoas que foram vítimas da enchente de Novembro, muitas pessoas que perderam tudo, ou quase tudo, e que não tem o apoio do governo para conseguir sua casa de volta por questões burrasocráticas e toda aquela baboseira governamental.Mas esse é um caso diferente, afinal, não é todo dia que vemos historias de amor desse tipo. Dona Maria, ou melhor, Mariazinha, me disse que tinha vindo de Lages com seus parentes ano passado, em Agosto, tinha vendido a sua casa lá, para vir morar com o filho, pois ele estava fazendo faculdade na FURB, mas a mãe não queria ficar longe do garoto. Eles não tinham uma vida má, pelo contrario, segundo ela, sempre teve empregos bons, junto com o seu marido, e então vieram, deixando família, e amigos para trás, e mudando mais uma vez a sua vida pelo filho. Quando aconteceu o desastre, eles estavam morando na região do Garcia, e ficaram ilhados na sua casa, como não estavam em área de risco, e em uma das poucas áreas do Garcia que não pegaram enchente, eles estavam por um ponto até que tranquilo. Até vir a notícia. A namorada do filho de Mariazinha, estava em casa, quando a casa desabou, sabendo disso, o filho desatou a correr (e nadar) até a casa da namorada, deixando os pais ali, somente com a preocupação e a esperança de que tinha dado tudo certo. Uma, duas, tres horas se passaram, e nada. Somente cerca de 5 horas depois que o filho volta, com um dos braços quebrados, e chorando, desesperado, pois tinha feito de tudo, e não havia encontrado a namorada. Mariazinha cuidou do filho como pôde, mas ele entrou em desespero, não dormia, não comia, a pouca água que restavam naqueles 2 dias de desespero ele não bebia. A dor no braço, não era nada comparado a dor da 'perda' que ele sentia. Quando as coisas se acalmaram, a água baixou, e as pessoas voltaram a circular 'livremente' por Blumenau (no Garcia, cerca de 2 dias depois da enchente), parece que tudo o que Mariazinha havia 'perdido' voltou a tona. A nora querida, aparece em casa, e o filho (com o braço já engessado e sendo tratado), voltou 'à vida'. Contava ela que minutos antes de a casa desabar, ela saiu atrás dos pais, que estavam na casa dos irmãos, saiu de casa somente com roupas, algumas comidas e uma foto, dela e do amado, que segundo ela, era sua preferida.
O que mais me impressionou nisso tudo, é que no final das contas a casa de Dona Mariazinha não desabou, afinal. O que ela estava querendo era uma casa para o filho, e o desespero? Bem, toda mãe fica desesperada quando está a semanas do casamento do filho.
O que mais me impressionou nisso tudo, é que no final das contas a casa de Dona Mariazinha não desabou, afinal. O que ela estava querendo era uma casa para o filho, e o desespero? Bem, toda mãe fica desesperada quando está a semanas do casamento do filho.
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Eu AMO a tecnologia *-* hoje graças ao meu aparelho (um beijo à doutora Adriana --') não consegui abrir o sachê de maionese na padaria, e descobri a melhor invenção dos últimos tempos [?]. O CORTADOR DE SACHÊ! Ficaram de cara né? Amanhã eu comento mais sobre o assunto.
Beijos beijos.
que historia lindaa
ResponderExcluire parabens para os noivos \õ
eu jurei que algo de horrivel ia acontecer D:
mas que bom que deu tudo certo pra eles \õ/
e amo, eu tbm ja descobri esse cortador
muuuito pratico! XD